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Rafael Hanuman




2024/06 . HERING E AREZZO
FUSI GAGAL***




A recente fusão de duas empresas têxteis brasileiras de grande porte, repercurtiu nos meios de comunicação nacionais durante toda a semana, em praticamente todos os jornais.

A notícia parece ser publicação paga, porque foi veiculada em veículos de mídia que em nada interferem em questões técnicas, e cujos expectadores não têm o mínimo interesse na situação.

O provável é que os únicos que se puseram sensíveis à notícia da fusão, sejam os empregados dessas empresas, que terão medo de perderem seus empregos com a, chamada, reestruturação.

Ao refletir o que pode ter levado à diretoria da nova empresa têxtil a divulgar a questão da fusão tão amplamente, já que, para mim essa notícia não é importante, surgiram três possibilidades:



Possibilidade 1: Erro grosseiro de estratégia de marketing. Pode parecer que os administradores que cuidam das vidas de milhares das famílias empregadas, são pessoas bem preparadas para seus cargos, mas não é assim.

Tanto que não conseguiram ver que estavam ficando obsoletos, em relação ao mercado global, mesmo que estivessem ficando modernos em relação ao mercado local.

Veicular essa notícia em meios populares pode ser mais um ato equivocado no processo de atirar para todos os lados, com a intenção de acertar em algo.

Porque é isso que estão fazendo em todos os setores a uma década. Atirar para todos os lados e ver o que resulta. Na proporção de 1 acerto dividido por todas as tentativas, o resultado é falência.



Possibilidade 2: A crença de que realmente criando um colosso. A veiculação da notícia, então não seria uma notícia, mas parte de uma comemoração.

A notícia da fusão relata o tamanho imenso das duas empresas juntas, com inúmeras fábricas e lojas, com capacidade de atingir tantos milhares de consumidores, com receita prevista de tantos milhões, etc...

Essa possibilidade é altamente improvável. É improvável que as duas diretorias tenham resolvido fazer a fusão por motivo de criar um colosso têxtil latino, capaz de competir com o parque industrial chinês.

A fusão se dá em um momento de muita dificuldade para o setor têxtil nacional, e as duas empresas estão em declínio a anos. Simplesmente não acreditaram que os chineses pudessem ser tão bons.

Em segundo lugar, não há profissional para administrar tal colosso, já que nenhum fundador dos dois lados está vivo. Não podendo eles mesmos terem construído um colosso, dificilmente aparecerá algum talento para adminstrar tal fusão.



Possibilidade 3: Jogada de marketing para elevar preço bursátil. Desde a década de 80 as empresas estão financiadas, e uma empresa com um galpão e um punhado de funcionários pode valer bilhões.

Para essa injeção de dinheiro em troca de ações ser efetivada, não é necessário que tal seja um sucesso produtivo. Convencer gente a por suas economias em empresas quebradas baseia-se em propaganda.

Para essa propaganda a fusão serve. Quase todos os profissionais ocidentais de gerência de grandes empresas são profissionais de marketing. Não obstante, o marketing não é um setor que se mantém por si mesmo.

O setor têxtil pode se manter por si próprio, setor de alimentos se mantém por si próprio, construção civil se mantém por si próprio. Mas o setor de marketing depende que outros setores funcionando.

O grande problema ocidental é que fazemos ótimas propagandas para vender vento. Nos esforçamos em convencer as pessoas a comprarem, e não em produzir realmente algo que preste ser vendido.

Entretanto, essa jogada Tabajara já está tão manjada, que até eu sei que ela existe. E o resultado é de que, imediatamente depois da fusão, os preços das ações das duas empresas caíram.



Possibilidade 4: Redução de danos para manutenção do poder. Há uma manobra para evitar a palavra falência, que é a palavra fusão. Cada empresa que quebra, é incorporada à outra empresa maior.

A empresa que incorporou a empresa falida é quem demite os funcionários. A demissão de centenas de famílias não cai sobre incompetência administrativa, e passa a impressão contrária, de competência administrativa.

O problema dessa estratégia é quando muitas empresas estão falindo juntas, e consequêntemente muitas empresas estão se fundindo, e não aparecem os resultados dessas fusões.

Como na possibilidade 1, de uma empresa colossal, que faria a felicidade de centenas de milhares de pessoas, entre funcionários, clientes, fornecedores, administradores, etc... o negócio parece que vai mas não vai.

No mais, o mercado consumidor está de tal forma debilitado, que as realmente gigantes do setor, as chinesas, como Shein, têm um interesse parcial no mercado brasileiro. Esse é o único motivo de ainda existirem empresas do têxtil brasileiro.

Mas não é um bom motivo






***Fusi Gagal é o termo indonésio para união de falências. E eu gostei tanto que passei a utilizá-lo, e o estou divulgando aqui.
As duas empresas têxteis brasileiras, Hering e Arezzo, estão Fusi Gagal.
Fusi Gagal, em português pode soar como Gagá, obsoletas.
Ou pode soar como uma mistura de situações: 1) como se tivessem sido demolidas por alguém + 2)como se tivessem tido dor de barriga e não tivessem tido tempo para alcançar o banheiro.

HERING, AREZZO, Y LA DESINFORMACIÓN COMO PRODUCTO INDUSTRIAL
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