Rafael Hanuman

Guns and Roses são os últimos grandes do Rock.

Evidentemente, não são os últimos. São, contudo, os últimos grandes.

E há bandas maiores que eles, ainda ativas. No entanto, estas não estão lançando material novo.

O espaço deixado pela ausência de material novo de bandas novas é o que mantém as antigas em atividade.

No entanto, Guns and Roses, além de serem os últimos grandes cronologicamente, já estão na casa dos 60, mas têm material novo.

Essa questão cronológica é importante. O exemplo do Deep Purple serve para ilustrar como uma banda pode persistir mesmo sem seu vigor original.

É o mesmo problema da brasileira Nação Zumbi: continuam ativos; mas, com a grave ausência do vocalista original, não são sequer a sombra do que foram.

Guns and Roses não manteve todos os seus membros originais de maneira integral. No entanto, cada um manteve-se ativo, criando individualmente obras de qualidade.

O retorno da formação original é um sonho realizado para aqueles que acompanharam as carreiras solo de cada um deles.

E o novo trabalho é o resultado dessas produções desenvolvidas individualmente.

Mas, antes de mais nada, Appetite for Destruction.

Quando se fala de grandes, fala-se da galeria do rock.

Appetite for Destruction faz parte dessa galeria.