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_Última Atualização: 28/02/2025
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Rafael Hanuman




17.RÁDIO FORTALEZA E
A COMUNICAÇÃO UNDERGROUND


A Rádio Fortaleza estava carregada de significados. Era a época, por volta de 2005/2007, quando um grupo de artistas se reunia nas sextas-feiras na Rádio Fortaleza, na cidade de Blumenau, com cervejas servidas a personalidades locais e uma audiência seletiva.
RÁDIO FORTALEZA



Nesse período, durante o primeiro mandato de Lula da Silva, estima-se que havia cerca de 3.000 rádios comunitárias no Brasil, desempenhando um papel crucial na cultura local. O Entre-Mundos, programa do amigo Engels, era uma revolução positiva e uma evolução.

O nome de Anderson foi apagado da Internet, assim como o meu, mas sigo, eu, lutando. Depois vinha América, a moça da foto, conhecida como Méri, com um programa semelhante. Quem teve a experiência de participar de uma rádio desse estilo pode avaliá-la bem. Era incrível. Era divertido.

Comentávamos os temas do momento com uma visão artística, marxista, aguçada… essas formas e visões inerentes aos artistas, sem filtros entre o que pensávamos e o que dizíamos. Naquela época, a rádio comunitária era uma plataforma significativa de comunicação underground.



PRIMEIRAS PERSPECTIVAS

Primeiro, a Internet ocupou o lugar do desejado rádio amador, aquele equipamento usado para sintonizar qualquer rádio em qualquer parte do mundo.



Passávamos a noite trocando sintonia e dizendo “câmbio”, até encontrar alguém de outra parte do mundo.

Esses encontros eram a essência do espírito da comunicação underground. Depois surgiu a ideia de montar uma rádio pirata que se movia em uma moto.

O primeiro confronto com o autoritarismo falso-moralista. A luta dos jovens contra as leis de transmissão não autorizada.

A luta pela comunicação não censurada. A luta por falar a verdade. Essa luta que ainda fazemos hoje, contra as censuras das empresas norte-americanas de comunicação.

As que censuram sem maiores explicações, e ninguém parece estranhar a comunicação brasileira ser feita por empresas estrangeiras.

Essa foi minha primeira adolescência. Também foi o início do interesse por computação e eletrônica, com a popularização dos computadores pessoais e a introdução do MS-DOS em 1981.

Comprava revistas do Instituto Universal Brasileiro e fazia amizade com os filhos dos donos de lojas de eletrônicos.



Para conseguir descontos, é claro. Também participei de um curso de MS-DOS com 12 anos, meus primeiros scripts e as primeiras reflexões sobre o futuro da humanidade.

Com todos esses anos de luta, a perspectiva se ampliou; a confluência de temas que nunca saíram de moda, a perspectiva artística e técnica, gerou um linguajar afiado.

Agora, o vídeo em dispositivos móveis, que se tornou dominante. A partir da popularização dos smartphones em 2008, tomou o lugar das rádios comunitárias na comunicação underground.

Em 2024, a quantidade de podcasts no mundo já ultrapassa os 4 milhões. Está tudo totalmente dominado? Tudo se perdeu e perdeu, tudo, a relevância? O espírito permanece. A alma continua rebelde.

A resistência rebelde ainda persiste. Criar um site como este é um exemplo. Os artigos substituem as horas de programa. E as conversas interessantes continuam, mas em bares e cafés pelas cidades cada vez maiores e mais diversas.

E em breve, os podcasts estarão aqui! Ou vídeos... o que quer que seja a evolução. O importante é que o espírito permanece.
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