Rafael Hanuman

O sujeito do meio é o Serginho, irmão mais novo do Pedrotti.

O cara de camisa branca é o Carlos Cesar Pedrotti, um dinoussauro do Photoshop.

Foi professor de Photoshop na mesma época que eu. E trabalhamos juntos com publicidade.

2010 foi uma data limite para o antigo sistema de trabalhar. Até essa data, todos, na publicidade, faziam de tudo

(como se pode ver nesse meu website, que mostra que eu fiz de tudo).

Atendimento, Briefing, Layout, Fotografia, Tratamento de Imagem, Arte-Final, acompanhamento nas gráficas e nos Estúdios de TV.

Tudo sem faculdade da áera: O que ensinam nas faculdades hoje, foi o sistema que nós inventamos. Nós: os primeiros designers digitais.

Marketing Político, Marketing Têxtil, Marketing Interativo, Marketing Cultural, Marketing de Varejo e de Atacado. Sabíamos tudo, e sabíamos o que funcionava.

Como não havia faculdade, os candidatos saíam de Comunicação Social ou Arquitetura, a questão era simples: Ficava quem fazia tudo. Tinha sucesso quem fazia tudo muito bem.



Não importava se 2 da tarde ou se 2 da manhã.

E essas tarefas muito bem feitas eram muito bem pagas se comparado com hoje

E depois dos trabalhos concluídos, saíamos a qualquer hora da madrugada buscar o que havía de interessante.

Ou seja, todo esse glamour que os novos buscam, e que já não existe: Talento, bons pagamentos, vida louca, juntos. Tenho saudade.

Basta ver as diversas áreas desse site.

E era necessário ser bom em tudo.

Tinha que fazer de tudo e fazer bem feito.

Em compensação, os salários eram de outro patamar. Melhores.

Eu deixei de trabalhar na Colcci, em Brusque, porque o salário era baixo.

Para os extrangeiros, Colcci é uma fábrica de roupa brasileira, uma das que paga melhor.

E termina que a garotada do setor de imagem hoje, vive de um glamour que não corresponde com a realidade.

Os programas estão entregando tudo pronto, e nem assim... Porque não é o mesmo nível de gente atuando na área.

Eu lembro, na primeira agência de propaganda, em que estagiei, CMC de Jaraguá do Sul.

Trouxeram um redator, o Carlão, do norte do Brasil, pagaram um apartamento...

Era outro mundo. Outros empresários. Outros produtos.

E a tecnologia: a tecnologia não é nada.

Se for preciso, fazemos máquinas de madeira.

SE EXISTIR A NECESSIDADE, FAZEMOS MARKETING COM BARRO. E FICARÁ MUITO BOM.