2024/05 . LENA PETROVA: CENSURA DESCARADA EN LA INTERNET
Maquiavel já dizia que um problema, no começo é difícil de ver e fácil de solucionar. Depois que tal problema torna-se fácil de ver, é difícil de solucionar.
Faz alguns anos, no começo da guerra da Ucrânia, minha percepção era de que não se tratava de uma guerra contra a Rússia, mas algo voltado contra a população européia.
A lógica era simples: os países europeus estavam falidos desde a quebra dos bancos de 2008. As oligarquias de cada país tinham que se prevenir contra um movimento de mobilidade/revolução social.
Do mesmo modo que está acontecendo de forma macro entre os países, se um governo demonstra não ter a mínima capacidade para gerenciar a sociedade, evidente que haverá protestos.
O problema é que o lado que manda, atualmente, não quer deixar de mandar. Não há argumento que resulte na classe dominante admitindo sua incapacidade e entregando o cargo voluntariamente.
E se, a população fosse debilitada previamente com o argumento de ajudar a Ucrânia?
E se estivesse planejado um endividamento, dos países europeus, com as famílias controladoras do mercado da guerra? Quanto a presidente da União Européia ganharia para enriquecer certos empresários?
Quando Úrsula Von Der Leyen propôe censura nas redes sociais sem nenhuma consulta popular, e quando não espera qualquer reação da sociedade, é porque essa vulnerabilização já ocorreu com sucesso.
A nova estratégia é criminalizar a crítica ao sistema financeiro ocidental, sob acusação de ato de desestabilização política. Teoricamente movido ou inspirado por interesses asiáticos.
A questão é que existem os interesses asiáticos e os interesses ocidentais, e a população européia não faz parte de nenhum dos dois grupos.
Quando se trata de interesses ocidentais, referimos aos interesses dos grandes multimilionários ocidentais. E, portanto, não há razão para o povo ocidental se precaver das ações orientais.
O povo europeu não tem interesses em disputa. O povo europeu não tem interesses em jogo. O povo europeu não tem interesses. Esse povo só obedece ao marketing, e ao neuromarketing.
Como podemos ver nesse vídeo-reportagem de Lena Petrova, há uma série de reflexões que poderíamos fazer do tema. Poderíamos questionar os limites dos governos a partir do momento em que todos agem de maneira antiética.
Poderíamos dizer que a luta contra a desinformação não está no campo da informação, mas no campo da propaganda. Assim que os filtros da censura agem em parceria com a mídia sensasionalista.
Exemplo 1: Filtrar notícias de Palestinos sendo massacrados por judeus, é correto ou errado?
Exemplo 2: Filtrar notícias que dizem que Ucrânia está vencendo a guerra contra a Rússia, é correto ou errado?
Exemplo 3: Filtrar notícias que expôem a fragilidade do sistema financeiro ocidental, como quer a presidente, é correto ou errado?
Exemplo 4: Filtrar notícias que explicitam que os ocidentais têm dívidas justamente com os países com que querem fazer guerra, é correto ou errado?
Se há algo evidente depois desses anos de guerra-fria 2.0, é que, desta vez, os asiáticos vencerão. E o problema do ocidente não é algo que possa ser resolvido pela oligarquia.
Porque o problema é unicamente a existência da oligarquia, ou seja, o custo que os asiáticos não têm: nossa herança de milênios de monarquia e séculos de colonização.
Passamos por um momento histórico de mudança de regime econômico, tão importante quanto a mudança de feudalismo a capitalismo, da monarquia à república.
