Rafael Hanuman

Por volta dos 30 anos, em que eu tive um momento especial com uma garota.

E depois, por meio de conhecidos em comum, eu vim a estar com a garotada da oligarquia de meu país, trocando algumas palavras.

E eles me falaram de coisas que haviam acontecido dentro do quarto comigo e com a garota. E eram comentários de que quem estava vendo o que ocorria.

Estavam me gravando. Não vou dizer que era para ver como se faz. Embora ainda hoje, cada palavra que eu digo aparece reproduzida em série.



Então eu virei monge, até que acabasse aquela situação de assédio moral, intelectual, familiar, ... Assédios de todos os tipos, que vinham por todos os lados.

E como tudo o que eu faço, faço muito bem, cheguei a ser o Guru das Estrelas no Chile. E era altamente considerado por meu líder espiritual na Índia.

Era fácil. Eu sou tataraneto de pregadores por parte de mãe e pai, embora cada família tenha uma religião muitíssimo diferente da outra.

A família de minha mãe é kardecista, uma versão francesa do hinduísmo que chegou ao Brasil para pregar karma e reencarnação.

E como meus pensamentos se alinhavam naturalmente com o pensamento geral de lá, mais o conhecimento que eu tinha... ia tudo muito bem.

Só que eu fui sempre sincero demais. Por um lado é bom, porque qualquer um que me investigasse, dia ou noite, eu passava ao crivo.

Mas eu respondia, já para o final do período de monge, sem paciência. Porque as perguntas eram sempre umas afirmações fúteis.

O intuito sempre era vulgar e ordinário. Até hoje estou traumatizado; com as confissões das pessoas, digo.